quarta-feira, 15 de junho de 2011

Lembrei que o blog existia - atualização.

Quanto tempo, hein?

Há pouco eu estava conversando com uma amiga no facebook e ela falou do nosso blog. Eu estava esquecida que ele existia... que coisa feia, né? Só lembrar dos “amigos” quando se precisa deles. Mas... vou me redimir. Vou dar uma atualizada nele. Já mudei o design para deixá-lo com mais cara de primavera-verão, pois ele tava ainda no inverno. Vamos às novas:
Em fevereiro Paulinho largou o trabalho e começou um curso de “Gestão de Redes” no cégep de Ste-Foy. É um curso de formação contínua (para adultos ou pessoas que já têm alguma formação) com duração de menos de dois anos. Ele já está na segunda sessão, pois o curso é contínuo. Agora está menos estressante e Paulinho entrou no ritmo, mas a primeira sessão foi dureza. Essa mudança afetou toda a família e nós passamos por uma fase bem difícil. Para começar, apertamos o bolso, coisa que me incomoda bastante e eu sempre tive muita dificuldade para lidar com isso. Depois e pior, foi a necessidade de ter que estudar à noite e nos fins de semana para poder dar conta de toda a matéria. Nessa brincadeirinha Paulinho não tava mais conseguindo dar a assistência que ele dava a Lucas nos deveres da escola, não conseguia mais me ajudar nas tarefas da casa e ainda tinha que estudar no fim de semana para poder acompanhar o ritmo do pessoal no curso. Ufffff! Foi barra! A gente tava dando choque de tão estressados. Brincadeira! Eu fiquei muito sobrecarregada, pois também tenho muuuuiiiiiita coisa para estudar. A diferença é que para mim é uma revisão e para ele é tudo novo.
Falando no meu curso... está indo tudo muito bem. Na última sessão eu tive apenas 12h de aula por semana, mais o mínimo de umas 15h de estudo, então eu consegui conciliar com academia e trabalho. Estresses da vida de estudante à parte, foi tudo tranqüilo. Algumas vezes eu fico me questionando se ta valendo à pena ter que estudar 3 anos para trabalhar como HD, com todas as limitações de procedimentos e ganhar muito menos do que eu poderia ganhar como dentista. Por enquanto eu vou levando. Vou colocando na balança e o fato de poder estudar em “horário comercial” durante o curso (não precisar sacrificar minhas noites e fds com meu filho e marido – quando ele não tem que estudar..kkk) e de não ter que me preocupar se o paciente x ou y está se recuperando bem da cirurgia e perder minha noite de sono por causa disso (como acontecia muuuiiiitttooooo!) quando começar a trabalhar. Só não posso colocar do outro lado da balança o dindim, a grana, a bufunfa. Se eu fizer isso vou correndo estudar para as provas da ordem dos dentistas. Bem...pode parecer hipocrisia, mas dinheiro já não é a coisa mais importante nas nossas vidas há muito tempo.
Nosso bonitão está muito bem. Sentiu bastante a “ausência” do pai, mas agora também aprendeu a lidar com isso. É impressionante como ele tem a necessidade de estar conosco. Se estamos em casa e eu estou conversando com alguém no skype ele já começa a me chamar para fazer alguma coisa. Ele vai logo no alvo e me diz que vai assistir a um filme: o que adoramos fazer juntos. Ele adora brincar com o pai. Eles andam de bicicleta, de skate; jogam tênis, basquete, basebol... (já deu para sentir que o sedentarismo é comigo e a ação é com o pai, né?). Enfim, acho que ele quer compensar a nossa ausência quando estávamos no Brasil com uma “overdose de nós”. Nós estamos é aproveitando, pois já já ele vai entrar na adolescência e não vai querer saber mais da gente. Na escola, tudo tranqüilo, mas ele continua reclamando da professora. Ele diz que ela é muito rigorosa e passa muitos deveres. A gente não diz nada para ele, mas nós adoramos a teacher!!!! É de uma professora assim que ele precisa (que ele não me escute...kkk). Além do mais, reclamar faz parte da natureza de Lucas. Ele nem falava e já reclamava quando tinha que trocar a fralda ou tomar um banho: começava a chorar e só parava quando nós acabávamos (desesperados e descabelados!). Ele está cheio de amigos. No fim de semana os nossos telefones não param de tocar e escutamos: “Est-ce que je peux parler à Lucas?” - seus amiguinhos chamando para brincar. Outro dia ele teve uma atitude muito legal. Ele estava no parque com um amigo e chegou um outro chamando para tocarem nas campanhias das casas e correr. O amigo que estava com ele foi, mas ele disse que não ia, pois isso não era certo. Depois ele veio nos contar todo preocupado com o que os pais do amigo iam fazer quando descobrissem a “trela” do filho. Ficamos muito orgulhosos e esperamos que esse tipo de comportamento se repita quando a “trela” for uma coisa mais grave, como drogas e etc., mas também queremos que nosso filho se permita de fazer umas “coisinhas erradas” na vida, pois achamos que isso faz parte do desenvolvimento. Ahhh... quase esqueci! Nosso bonitão agora é faixa amarela no taekwondo e sua última professora o convidou para fazer parte da equipe que treina para competições. Com isso ele treinará 3 vezes por semana, e não somente 2 como antes. Ele ficou todo contente e está super empolgado. Até achou ruim o fato de ter que “tirar férias” dos treinamentos que só recomeçarão em setembro. Só assim ele abandona a idéia de treinar hóquei. É que ele sempre quis muito e nós não o encorajamos porque achamos que não íamos dar conta. O povo aqui leva o hóquei muito a sério, as crianças iniciantes já treinam 3 vezes por semana e sempre tem campeonatos em outras cidades. Em outras palavras: muito investimento de tempo e de dinheiro. Duas coisas que andam meio escasas por aqui, né?!

Bem... é isso!

Até mais,

Alice