quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Que pedalada!

A meteorologia prometia o dia mais bonito da semana e isso eu queria aproveitar. Procurei companhia para pedalar, mas não achei. Mesmo assim eu fui (muito bem acompanhada de minhas reflexões e Dele!) O dia estava mesmo lindo e meu objetivo inicial era de ir até o Vieux-Port onde eu achava que estava rolando uma feira de artesanato. Distância aproximada 17km! Mas... beleza, eu já tinha feito parte do percurso e é muito agradável. Indo e voltando pela ciclovia que fica à beira do rio Saint-Laurent, na Promenade Samuel-De-Champlain (http://www.capitale.gouv.qc.ca/realisations/promenade-samuel-champlain) eu pedalaria 34km. Então eu fui e cheguei ao meu destino, mas a feira de artesanato que é bom, nada! Ela já tinha terminado!
Enquanto dava uma volta pelo Marché du Vieux-Port (http://www.marchevieuxport.com) para não “perder a viagem”, minha mente desocupada teve a brilhante idéia de fazer uma coisa que Paulinho e eu planejávamos há muito tempo. Atravessar de balsa até Lévis e voltar pela ciclovia de lá, parando a cada lugar que nos interessasse para fazer pique-nique. Eu mergulhei de cabeça, afinal já tinha pedalado por Lévis e lá também é muito lindo. A coragem dos ingênuos... Eu sabia que o percurso era longo, mas não tinha noção... Helloooooouuuu! Foram mais de 50km e eu só tinha uma garrafa d’água e um saquinho de frutas secas. No início eu estava maravilhada: a travessia de balsa, as paisagens, o rio, as casas, cada lugarzinho me deixava encantada. Eu estava deslumbrada! Pensava e agradecia o tempo todo por ter o privilégio de poder viver esta experiência e de ter escolhido essa linda cidade. Depois de uns 10 km pedalando pela ciclovia de Lévis (detalhe: contra o vento!) a paisagem já não me agradava, comecei a sentir frio, fome e tudo ficou "feio". É que eu tava "botando os bofes pra fora"! Não conseguia mais pedalar rápido e a Ponte de Québec parecia estar cada vez mais longe de mim. Resolvi parar para comer alguma coisa e encontrei uma lanchonete. De barriga cheia, voltei a me concentrar nas coisas boas, aceitei que não tinha mais como voltar atrás e me permiti diminuir um pouco o ritmo.
Finalmente consegui!!!! Iupiiiii!!! Estou orgulhosa de mim mesma. E eu nem morri! hehehehe... Confesso que tive que descer da bike e ir andando por duas vezes: a primeira em Lévis, na Côte Garneau, e a segunda já no fim do percurso, na Avenue des Hôtels. Quem conhece essa avenida vai me dar razão: ela é super íngreme e depois de tantos quilômetros ela me pareceu o Monte Everest.
É isso aí, pessoal. Quero fazer esse passeio novamente com Paulinho e Lucas (e quem mais topar a aventura), munidos do kit pique-nique e da máquina fotográfica para registrar a façanha.

Até mais,

Alice

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Aniversário de 2 anos no Canadá!

Hoje foi um dia especial, mas o vivemos como qualquer outro: chegamos ao Canadá há 2 amos! Nossa grande amiga Ju Pedrosa, que veio junto conosco, mas que preferiu morar em Montreal,escreveu umas palavras que descrevem os meus sentimentos:

"Hoje estamos completando 2 anos em terras canadenses. Muitas coisas aconteceram, conhecemos gente nova, nos decepcionamos com alguns, nos surpreendemos com outros, estreitamos laços, fizemos belas amizades, choramos de saudade, sorrimos de alegria. Descobrimos um novo mundo, muitas novidades, coisas boas e coisas ruins. Crescemos, exploramos, viajamos, conquistamos e aprendemos muito, e hoje estamos mais unidos do que nunca, por tudo isso.
Sair do nosso país, de perto da nossa família, amigos e toda a comodidade pra começar tudo de novo não foi nada fácil, mas quisemos tentar e não nos arrependemos. Se tiver que voltar ao Brasil amanhã, sei que teremos todo o apoio, amor e carinho da nossa família e amigos, mas ainda não pensamos nisso. Quando pesamos na balança, ficar aqui ainda é o melhor pra nós. O maior defeito é mesmo a distancia e a saudade que vem junto com ela, mas nada que visitas não amenizem.
2 anos se passaram, mas as vezes tenho a impressão que faz mais tempo. Foram tantas mudanças, de vida, de casa, de hábitos, de idéias... O que eu posso dizer com certeza é que hoje sou muito mais feliz do que antes, por tudo que conquistamos, aprendemos e vivemos, mas principalmente pelo que fizemos. Daqui a pouco vamos poder solicitar a cidadania canadense e depois pensar no que fazer do nosso futuro. Que venham mais muitos anos felizes, onde quer que estejamos."

Obrigada, Ju, por me autorizar a usar suas sábias palavras.

Obrigada a todos que fazem ou fizeram parte desta história.

Até mais!

Alice